“O Rock in Rio não é só um evento, é uma experiência”
Isabella Carvalho e Jackson Lima
A Diretora de parcerias da Rock World, Renata Guaraná, falou sobre a liderança das mulheres à frente das grandes indústrias de entretenimento. Na aula inaugural do Departamento de Administração, a convidada trouxe a temática envolvendo como as marcas passaram a fazer parte das experiências do público, relacionando lideranças femininas, marketing e experiências em comunidade.
Bancos e marcas querem cada vez mais participar e estar presentes nos festivais de música, de acordo com Renata. Segundo ela, “o grande desafio é fazer com que os investimentos que as marcas fazem nos festivais cheguem até as pessoas, não é sobre os 7 dias de ativação da marca, e sim sobre as conversas que elas vão abrir no evento e antes. O quão antes elas iniciarem essas conversas melhor, o público quer saber o que as marcas estão fazendo lá dentro.”

O consumo nesse meio não é só sobre comprar a camisa do festival ou uma blusa, e sim sobre como as pessoas absorvem os investidores do evento, e também como as marcas criam uma conexão com esse público.
Ainda falando de experiências, Renata ressaltou a necessidade de experiências reais, visto que boa parte é vivida/experimentada pelos celulares. Ela cita como exemplo o sucesso de experiências voltadas para a música, como karaokês.
“As pessoas se relacionam com essa marca Rock in Rio de uma forma quase visceral, porque a música tem esse poder, né? De tocar o coração da gente, de tocar a alma da gente. Então a gente esquece que aquilo ali é uma marca”.
Sobre a liderança feminina refletida na relação com as marcas, Renata afirma que mulheres ainda sofrem preconceito por ocupar posições de liderança. Muitas dessas situações são normalizadas no cotidiano e nas relações de trabalho. Por vezes, tais comentários não são percebidos como machistas/preconceituosos, o que reforça o quão enraizados estes estão na sociedade, sem uma percepção crítica sobre eles. Segundo Renata, há muito mais mulheres na liderança hoje, ocupando cargos como vice-presidência e diretoria. Ela cita como exemplo Roberta Medina, filha de Roberto Medina, vice-presidente executiva da Rock World, que agora está à frente das relações institucionais da empresa em Portugal.