Na Assembleia Universitária de 2024, Reitor afirma que projeto é esperança para o Rio e para o Brasil
O Instituto Behring de Inteligência Artificial foi destaque da Assembleia Universitária 2024, realizada na tarde do dia 12 de dezembro, nos Pilotis do Edifício Kennedy. A unidade vai ser instalada em uma construção de cinco andares e de, aproximadamente, 3,3 mil m² no campus da Gávea. O Edifício Behring ficará próximo aos prédios de Biologia e Artes e Design e terá o maior auditório da PUC-Rio, com capacidade para 190 pessoas.
Em paralelo à obra do instituto, o projeto prevê uma praça elevada que integra a Estação do Metrô Gávea aos edifícios: Behring, da Amizade, Padre Laerte Dias de Moura e garagem. Para tal, foi criado o Grupo de Trabalho do Plano Integrado, que envolve os departamentos de Arquitetura e Urbanismo, Artes e Design, Biologia, Engenharia Civil e o Núcleo Integrado de Meio Ambiente (NIMA), juntamente com escritórios de arquitetura parceiros. Além da integração, as obras preveem uma proposta de renaturalização do Rio Rainha, tanto dentro do campus como na área do terminal, com uma espécie de reservatório para acumulação das águas, a fim de reduzir alagamentos.
— Terminamos o ano fundando um instituto de inteligência artificial que coloca a PUC no topo das pesquisas do mundo, que abre a PUC para a esperança. A PUC é esperança: esperança para o Rio, esperança para o país – afirmou Pe. Anderson Antonio Pedroso, S.J., que recebeu, mais cedo, o título de Cidadão Honorário da Cidade do Rio de Janeiro.
Durante a Assembleia, o Reitor da PUC-Rio lembrou que 2024 foi um ano desafiador, mas repleto de aprendizados. Lucas Giannini, CEO da Fundação Behring, que doou R$ 35 milhões para o Instituto de Inteligência Artificial, exaltou a parceria com a universidade.
— Vamos seguir investindo no futuro, em jovens talentosos e fortalecendo nossa parceria. Estamos muito animados com o que vem por aí e confiantes que juntos vamos fazer mudanças muito significativas para o Rio de Janeiro e para o Brasil — disse o executivo.
Outra boa notícia, anunciada pela Vice-Reitoria Comunitária, durante a Assembleia foi o aumento de 100% na quantidade de bolsas concedidas pela PUC-Rio, já para o Vestibular de 2025.
Como nos últimos anos, a Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro, residente da universidade, abriu a solenidade. Em seguida, a mezzo soprano Carla Rizzi cantou trecho da ópera Carmen. O tenor Fernando Portari se juntou à cantora para as performances de “All I Ask of You”, do musical Fantasma da Ópera, e “Então é Natal”, versão em português de Happy Xmas, de John Lennon.
Após exibir um vídeo de retrospectiva do ano, produzido pelo Comunicar, o mestre de cerimônia Padre Arnaldo Rodrigues, Reitor da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, chamou os coordenadores da Vice-Reitoria Acadêmica – Ensino e Pesquisa, da Vice-Reitoria de Extensão e Estratégia Pedagógica e da Vice-Reitoria Comunitária para apresentarem seus balanços de 2024.
A professora Érica dos Santos Rodrigues, da Coordenação Central de Graduação, representou a Vice-Reitoria Acadêmica – Ensino e Pesquisa. A docente ressaltou a qualidade da graduação: dos 19 cursos, 14 alcançaram o maior conceito, 5, na avaliação do MEC. Entre estes, dois são cursos novos: Neurociências e Estudos de Mídia. Os demais receberam conceito 4. No Rio, a universidade foi a segunda mais bem posicionada no edital do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. Nos programas de intercâmbio, cerca de 300 alunos da universidade saíram do Brasil e 800 estrangeiros foram recebidos na PUC-Rio.
— Esse processo foi uma demonstração do que é ser PUC, na sua conjuntura, no seu funcionamento, no engajamento de todos os atores envolvidos — afirmou Érica.
A coordenadora central de extensão e estratégia pedagógica, professora Roberta Portas, destacou a importância global de a PUC-Rio ter sediado o 1º Congresso Internacional de Extensão Universitária e a edição de 2024 da Critical Edge Alliance, uma rede de universidades oriundas de quatro continentes dedicada à reflexão sobre inovação de estratégias pedagógicas, cuja temática é o metaprojeto Amazonizar, com o diálogo intercultural.
A coordenadora de Bolsas Socioeconômicas da Vice-Reitoria Comunitária, Lucelene Syrio, falou sobre a importância da concessão de bolsas para a democratização do acesso à universidade. Foram destinadas mais de 2.000 bolsas socioeconômicas em 2024, 575 de bolsas PUC, número que a universidade pretende dobrar em 2025. O Programa Institucional de Permanência Estudantil (FESP) aumentará os benefícios concedidos. A PUC-Rio investe R$ 3 milhões anualmente para auxiliar economicamente alunos beneficiados pelo ProUni e bolsas filantrópicas. Em 2024, o programa beneficiou 1.041 alunos. Em 2025, o FESP pretende ampliar o atendimento para todos os alunos filantrópicos integrais e aumentar o número de alunos atendidos pelo Auxílio Computador.
O investimento em educação não se limitou às bolsas estudantis. O coordenador de Parcerias e Inovação, Gustavo Robichez, revelou que a PUC-Rio patrocinou 317 projetos em 2024. O balanço para a Vice-Reitoria de Desenvolvimento e Inovação, encabeçada pelo professor Marcelo Gattass, mostrou o resultado do trabalho que incentivou iniciativas para gerar retornos à sociedade. Robichez citou outros números do ano: 123 instituições parceiras, com destaque para a relação estratégica Brasil-China, R$ 368 milhões de faturamento de projetos patrocinados, duas patentes registradas, inauguração de startups e incubadoras, além da captação de recursos da Finep para melhorias da infraestrutura da PUC-Rio, que excedem R$ 25 milhões.
— O ano de 2024 é marcado pelo amadurecimento de novos modelos e busca de outras fontes de financiamento, para projetos de cultura, esporte e atividades sociais — declarou Robichez, acrescentando que, em 2025, o foco será a implantação do Parque de Inovação da PUC-Rio, além do Boulevard Espaço Francisco, que ligará a Marquês de São Vicente à universidade.
O Vice-Reitor para Assuntos Administrativos, Leonardo Lima Gomes, deu ênfase ao programa de sustentabilidade financeira, calcado no Planejamento Estratégico 2024-2030.
A Cátedra Guido Schäffer de Esporte, Fé e Cultura entrou em campo na Assembleia. Para 2025, a PUC-Rio vai estimular a participação no Jubileu do Esporte, marcado para ocorrer no Vaticano nos dias 14 e 15 de junho. A iniciativa teve a contribuição dos alunos em um concurso de fotografias, promovido pela Santa Sé. O membro da Atlética Gabriel Brandão explicou que o planejamento é unir atletas e as atléticas de todos os cursos.
— Agora, com o reitor, o reconhecimento aos esportes aumentou muito. Com o apoio financeiro, já trouxemos resultados. Para 2025, temos o plano de criar a Liga de Esporte e Desenvolvimento da PUC-Rio.
A presidente-executiva da Associação de Antigos Alunos (AAA) da PUC-Rio, Barbara Christian, anunciou o objetivo de arrecadar R$ 35 milhões em doações no primeiro trimestre de 2025 – parte de uma meta mais ampla de R$ 500 milhões nos próximos dez anos, por meio do programa de endowment relançado em agosto.
— Investir na PUC-Rio é investir em soluções para os desafios e problemas do Brasil e do mundo — enfatizou a ex-aluna.
A Assembleia terminou em clima de celebração. Entre os homenageados, o idealizador da Fundação Behring, Alexandre Behring, recebeu a Medalha Padre Leonel Franca e o Professor do Departamento de Direito Pedro Paulo Cristofaro foi homenageado com a Medalha Cardeal Leme. O Troféu Allis, honraria entregue para ex-alunos da PUC-Rio com êxito profissional, foi entregue para a professora Luciana Fernandes (UFRRJ) e para a economista Maína Celidonio. A CEO da Agência de Branding e Comunicação, Ana Couto, foi a última homenageada do evento. Formada em Design pela PUC-Rio, retornou como parceira no projeto de (re)branding da universidade. Também foram homenageados o ex-decano do CTCH, Julio Diniz, e o ex-Vice-Reitor Administrativo Ricardo Tanscheit.
Cidadão Carioca
O dia da Assembleia Universitária começou ao som de Anunciação, de Alceu Valença, às 9h. A solenidade ocorreu na Igreja do Sagrado Coração de Jesus e também foi regida pelo Pe. Arnaldo, Reitor da Igreja. A cerimônia começou com a leitura do evangelho de Lucas e terminou com a procissão que levou o Menino Jesus ao presépio. Na Pastoral Universitária Anchieta, houve a tradicional distribuição de panetones.
— A intenção é que todos possam levar um pouco da PUC pra casa, dividir com a família e pôr a mesa – discursou Pe. Anderson.
Ao meio-dia, a Missa de Natal da PUC-Rio foi palco de homenagens. Com a presença do Prof. Emérito do Departamento de Matemática, Pe. Paul Schweitzer S.J. , e do ex Vice-Reitor para Assuntos Comunitários, Prof. Augusto Sampaio, a solenidade marcou a posse do novo Vice-Reitor para Assuntos Comunitários, Prof. Renato Callado, bem como a entrega do título de Cidadão Honorário da Cidade do Rio de Janeiro ao Reitor, Pe. Anderson Pedroso, S.J.
Unanimemente concedida pela Câmara de Vereadores, a cidadania carioca constitui uma homenagem especialmente representativa. O título reconhece a integração profunda do Reitor com a vida carioca: sua cultura, sua vocação comunitária, sua ecologia, seus desafios, seus sonhos. O vereador Pedro Duarte (Novo), ex-aluno da Universidade, entregou a Padre Anderson a honraria concedida a pessoas que se destacam pelas contribuições prestadas à cidade.
O parlamentar ressaltou que, quando a universidade vai bem, a cidade vai bem, e parabenizou a instituição pelo desenvolvimento de pesquisas que impulsionam o avanço científico do Rio de Janeiro. Pe. Anderson afirmou que a função social da PUC-Rio é fundamental para que a cidade produza mais conhecimento e contribua para a melhoria de vida de todos:
— O país ainda não está aproveitando toda a riqueza do Rio, a riqueza das pessoas, a riqueza da sabedoria, a riqueza da resiliência. Nós queremos que a PUC seja bem forte, que ela esteja muito unida para que ajude o Rio a ser o farol do nosso país. Que seja uma cidade mais igualitária, uma cidade mais justa, uma cidade onde as pessoas possam conviver em paz.
O Prof. Callado recebeu a Portaria de investidura das mãos do ex-Vice Reitor Prof. Augusto Sampaio e assumiu o compromisso de dar continuidade ao trabalho do antecessor. Callado apontou que a VRC é um espaço de acolhimento e escuta, que busca promover o bem-estar da comunidade acadêmica, a convivência harmoniosa, bem como diminuir desigualdades sociais a partir da promoção de políticas inclusivas.